Baixa oferta de animais resulta em preço recorde no mês de março e melhora na relação de troca.

Gabriel Zylberlicht

Segundo os dados do indicador Boi Gordo CEPEA/B3, o mês de março fechou com novo recorde de preços no comparativo mensal, +1,30%MoM, sendo que, na cotação diária, o boi gordo chegou a preços acima do patamar de 350 reais/@. O gráfico abaixo ilustra a evolução dos preços nos últimos 12 meses.

Analisando os dados deste gráfico, principalmente o comportamento dos preços nos últimos 6 meses, o boi gordo apresentou grande valorização, atuando muito mais próximo da casa de 350 reais/@ do que 300 reais/@. Dentro deste mesmo período, o mercado interno, principal destino das carnes produzidos no país, não apresentou grandes volumes de compras por conta da redução no poder de compra da população que migrou para proteínas mais em conta como carne de frango e carne suína.

Passando para o mercado de reposição, o preço do bezerro apresentou nova queda de preços. Para as praças paulistas, a cotação fechou em 2.869,50 reais/cbs, -1,44%MoM. Para o Mato Grosso do Sul a desvalorização foi ainda maior, -2,2%MoM.

Analisando os dois cenários, com a valorização do boi gordo e desvalorização do bezerro, a relação de troca apresentou alta no mês de março, o gráfico e a tabela abaixo ilustram o indicador.

As seguidas valorizações do boi gordo e desvalorizações do bezerro recuperaram o indicador que segue abaixo da média história, mas atingiu um nível que não era observado desde janeiro/2020.

Vale destacar que existe uma expectativa do mercado em redução na pressão de valorização do boi gordo no curto/médio prazo por conta do aumento sazonal na oferta de animais, devido à entrega dos animais em sistema de pastagem.

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