Redução na cotação do boi gordo acende luz amarela para o primeiro giro.

Gabriel Zylberlicht

Novamente o mercado do boi gordo opera com desvalorização. O fechamento do mês de maio apontou queda no indicador CEPEA/B3 de 3,6% em comparação à media do mês de abril. A principal razão dessa desvalorização é o aumento de oferta de animais em sistema de pastagem em virtude do início da seca, deixando as escalas de abate mais confortáveis o que possibilitou os frigoríficos testarem preços menores. A queda de preço também é presente no mês atual. Segundo os dados do pregão fechado no dia 06/junho o preço do boi no mercado futuro é abaixo de 320 reais.

Além da desvalorização do boi gordo os indicadores de confinamento apresentaram alta para todos as regiões segundo os dados do LAE (Laboratório de análises socioeconômicas e ciência animal).

Segundo os dados divulgados pelo boletim, o principal motivo desse aumento no indicador é a valorização de insumos como sorgo grão na região de São Paulo e Goiás e valorização do milho nas praças goianas. Por outro lado, o milho apresentou queda em São Paulo, mas não foi suficiente para uma redução no custo da diária do boi.

Dessa forma o pecuarista se vê em uma situação de redução de margens para a produção de animais em confinamento, principalmente se ele não adotar tecnologias que melhoram os índices zootécnicos dos animais visando aumento de produtividade. Além disso, é nesse momento de margens mais apertadas que precisamos olhar com muito mais atenção para a nossa produção visando melhor aproveitamento de todos os alimentos da fazenda, por exemplo a silagem, pois qualquer erro de manejo pode significar um grande prejuízo no final do giro.

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